quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Memória: como mantê-la?

Para saber como manter a memória, o melhor é saber como ela funciona no cérebro. O cérebro se constitui por dois hemisférios: direito e esquerdo, que são integrados pelo corpo caloso. Cada lado possui funções especializadas e diferentes. O esquerdo - intelectual - lógico-racional. O direito - subjetivo, afetivo, imaginativo e intuitivo. Como o centro do pensamento, emoção, planos de ação e auto-regulação, o cérebro passa por um longo processo de crescimento que dura à vida inteira e, é notável a sua plasticidade. Algumas áreas do cérebro se desenvolvem em sistemas de conhecimento que surgem das memórias linguísticas, visuo-espaciais ou motoras, as informações a respeito de experiências emocionais ficam no sistema límbico. Desde a gestação, infância, adolescência, fase adulta e envelhecimento ocorre o processo de memorização. A memória é uma função cerebral superior relacionada ao processo de retenção de informações obtidas das experiências vividas. Ela é um fenômeno biológico e psicológico envolvendo uma aliança de sistemas cerebrais que funcionam juntos. Existem diferentes categorias de memórias: A memória ultra-rápida cuja retenção não dura mais que alguns segundos. De curto prazo ou curta duração, que dura poucos minutos ou horas e serve para proporcionar a continuidade dos sentidos do presente. De longo prazo ou de longa duração, que estabelece traços duradouros, isto é, armazenada por dias, semanas ou pela vida toda. A grande questão que nos aflige é a perda da memória: pode estar associada a determinadas doenças neurológicas, a distúrbios psicológicos, a problemas metabólicos e também a certas intoxicações. A forma mais freqüente de perda de memória é conhecida popularmente como "esclerose" ou demência. A demência mais comum é a doença de Alzheimer que se caracteriza por acentuada perda de memória acompanhada de graves manifestações psicológicas, sendo uma delas a alienação. Estados psicológicos como estresse, ansiedade, depressão, vida sedentária, excesso de preocupações e insatisfações, como também dieta insuficiente de vitaminas, alcoolismo, doenças da tireóide (hiper e hipo-tireoidismo) e, o uso de medicação tranqüilizante por tempo prolongado, também podem levar à perda da memória ou confusão mental. A inabilidade da memória dá-se o nome de amnésia. Porém, existem alguns fatores que são fundamentais para se manter a memória viva: água - a falta de água no corpo tem um efeito direto e profundo sobre a memória; a desidratação pode levar a confusão e outros problemas do pensamento. A água ajuda a manter bem os sistemas da memória, especialmente em pessoas mais velhas. Sono - para se conseguir uma boa memória, é fundamental que se permita o sono suficiente e descanso do cérebro. Durante o sono profundo, o cérebro se desconecta dos sentidos e processa, revisa e armazena a memória. A insônia leva a um estado de fadiga crônica e prejudica a habilidade de concentrar-se e armazenar informações. Recomenda-se que pratique e estimule as percepções, a memória (recente e antiga), as noções espaciais, as habilidades lógicas e verbais, etc. As ativações devem ser diárias. Estar relaxado e emocionalmente bem é fundamental para manter uma boa atenção e conservar a memória. A tensão, a ansiedade e a depressão prejudicam a memória. Os exercícios físicos também são considerados fundamentais para o processo de memorização.

Sandra Santos: Psicogerontologa e Psicóloga de família, casal, individual.

Um comentário:

ANGELA VEGA - CONTATOS IMEDIATOS FRANCESES disse...

Sandra,
Parabéns pelo seu blog! Li todos os artigos e amei. Os artigos tem tudo a ver com que a sociedade precisa saber nos dias de hoje, numa linguagem acessível e que nos deixa com aquela sensação de "quero mais". Vá em frente e obrigada pelos momentos de conhecimento e de uma boa leitura! Te admiro muito ! Bjs